terça-feira, 31 de janeiro de 2006

A 2: em Roma. Cuidado com os Lusitanos!

A 2: estreia dia 30 a série ‘Roma’, primeira co-produção entre a norte-americana HBO e a britânica BBC, e que já é considerada a revelação de 2005. Trata-se de um drama épico que retrata a morte da república e o nascimento do Império Romano com uma visão moderna e quase gongórica, onde os elementos mais crus da História são recuperados com imagens excessivas e ousadas. A escravatura, a solidão, a lascívia e a traição são apenas temas secundários que ilustram uma grande produção, considerada “um festim para os olhos” pelos críticos da revista norte-americana ‘TV Guide’.Só para ter uma ideia, o guarda-roupa, idealizado pelo designer April Ferry, obrigou à criação de quatro mil peças, das quais 2500 foram usadas nos dois primeiros episódios. Nenhum pormenor foi deixado ao acaso, e a produção mandou fazer na Bulgária 1250 pares de sapatos e sandálias, assim como moedas romanas, com o cunho de Júlio César. No dia mais longo de filmagens, ‘Roma’ contou com 750 figurantes e 40 cavalos em cena. A série, em doze episódios, recebeu duas nomeações para os Globos de Ouro – uma na categoria de melhor série dramática de televisão e outra na de melhor actriz em série dramática, para Polly Walker.No entanto, apesar dos cuidados estéticos, a violência com que a história é contada chocou alguns espectadores. A estreia, no Reino Unido, foi seguida de seis mil chamadas para a BBC, com vários espectadores a reclamarem contra o que consideram ser “excessos gratuitos.” Isto porque uma das primeiras imagens de ‘Roma’ mostra um escravo a abanar um casal, enquanto este pratica sexo. Nos dez primeiros minutos a série exibe cenas de nu frontal, sexo explícito, violações e uma crucificação, o que terá indignado sobremaneira a comunidade católica. Em resposta às críticas, a produtora HBO refere que a série foi acompanhada de perto por historiadores, que reiteram todas estas cenas, reafirmando a fidelidade ao estilo de vida chocante do Império Romano.

sábado, 28 de janeiro de 2006

E foi assim que vimos Giordano Bruno morrer!

O ar estava gélido, devido à espessa camada de nevoeiro que cobria a cidade da Guarda. No entanto, a noite prometia ser de frémito intelectual, até porque as condições atmosféricas estavam adequadas ao ambiente da época em que Giordano Bruno foi condenado à morte na fogueira.
Dez almas, vindas das mais diversas zonas do país, sedentas de sabedoria, reúnem-se, por conspiração do cosmos, na Covilhã. E hoje, mais uma vez, são encaminhadas para a cidade da Guarda para poderem assistir a uma peça de teatro acerca do profícuo pensador Giordano Bruno. Tudo isto foi possível graças ao esforço mútuo de ambos os indivíduos implicados nesta viagem em busca de razão. A partida foi retardada um pouco, em parte pelo facto de se reunirem todas as pessoas que chegavam da universidade para partir rumo ao conhecimento do processo acusatório de Bruno, em que deste adveio a sua condena e subsequente morte.
Chegados à cidade diferente, a neve caía, uma temperatura líquida invisível à vista revelava-se nas fotografias que iam ma peando a ida rumo ao encontro de Bruno.
Inspirados em Kierkgaard, seguimos para um jantar bem regado com vinho. O tema de discussão era o amor à verdade, para condizer com o mote: “In vino Veritas”, tão apreciado pelos filósofos.
Já com um belo sorriso nos lábios, dirigimo-nos à mansão estilo barroco onde a peça seria representada. Ao atravessarmos o portal de entrada, um ar quente atinge-nos na face. O espaço estava decorado com inúmeras velas, uma mesa antiga no centro da cena e uns estranhos desenhos circulares no chão.
As luzes caíram e após um breve momento de silêncio, surge por detrás do pano o primeiro interveniente da peça, a consciência de bruno na forma de uma mulher que nos insere dentro do contexto do pensamento de um Bruno totalmente angustiado mas ainda assim fiel aos seus princípios remetendo-nos ainda para uma atitude quase socrática no que respeita á defesa dos seus argumentos. Um autentico mal estar sobrevoa o auditório como fantasmas que relembram a ultima noite de Bruno. Que arrepios os nossos corpos já quentes sentiam ao som da eloquente voz do actor que moribundo tentava como se de uma ultima tentativa valesse a conversão daquele povo ingrato e assustado com era a verdade do filosofo. O grito foi ouvido, o chamamento foi aceite e nós, jovem povo de um país ainda assustado com tantas outras verdades que vêm surgindo ali ficámos. Recordámos, sentimos, e vivemos a vida mortal que em tempos foi a de Giordano Bruno.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Uma nova direcção e assembleia tomaram posse no dia 26 de Janeiro. O acreditar na filosofia como a busca intensa da felicidade, faz com que, cada vez mais jovens dos 18 aos 60 anos procurem um curso tão intenso e magnifico como é o da Filosofia.
Será que isto é sinónimo de um acordar inconsciente para a vida? Será que estamos tão interessados em despenalizar aquele bichinho interior que sussurra em todos os momentos insatisfeito ou satisfeitos da acção do dia e da noite? Uma nova vaga de insatisfeitos vêm para o nosso curso, pensando que podem descobrir mais de 2.500 anos de questões com e sem resposta. A verdade é que aos poucos e muito pacientemente e metodicamente, estes insaciados vêm a luz e essa luz está à vista de todos.
Saudações

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

La ultima noche de Giordano Bruno

Mostra de Teatro de Castela e LeãoLa ultima noche de Giordano Bruno de Renzo SiccoAzar TeatroQui 19 Jan_Pequeno Auditório_21h30_Teatro_5€_55m
Giordano Bruno, acusado de ser um herege impertinente e obstinado, foi convertido, por obra e graça da Inquisição Romana, no primeiro mártir da liberdade de pensamento. “La última noche de Giordano Bruno” fala do homem, das dúvidas e das convenções, da fé e da confusão, do risco que, ainda hoje corre quem, contra a corrente, decide “viver o próprio ponto de vista com a maior decisão possível”. Este espectáculo foi galardoado com dois Prémios no XXV Certamen Nacional de Teatro Arcipreste de Hita: Prémio para melhor actor [Juan Carlos Moretti] e Prémio para melhor actriz [Mercedes Asenjo].

Leonor - A princesa Filosófica

Ciclo de entrevistas - "Conversa de corredor"
Professora Ana Leonor


Sem perguntas e sem qualquer ordem de ideias, entrava eu no gabinete da professora Leonor. No princípio até estava tímido e desconfortável, devido, é certo, à brasa que lá estava ( As nossas salas não são tão quentes, é pena, fica já o aviso ao Sr. Reitor).
O conceito era simples. Falar, falar, falar, nem uma única palavra sobre filosofía foi referida, a não ser talvez o gosto apaixonante pelo mestre Sócrates, cujo animal moscardo foi usado como analogia, para definir todo um meio de actuar e pensar do mestre. Ainda íamos a meio da explicação moscardiniana, quando me lembrei daquela série de televisão Que nos dá vontade de cortar os pulsos ou até mesmo matar os nossos pais à paulada, falo é Claro da Xena - a princesa guerreira, e foi aí que tudo se conjugou e tive uma daquelas visões meias “Nostradamicas”. Esta Senhora Professora é a Xena da filosofía, não tem chicote nem anda a cavalo, mas tem um ar intimidante, mas doce e possui carta de condução, quem diria…
A luta dela fez-se entre a arte de seguir teatro, cujos pré - requisitos fez e a de filosofía. Foi na U. Católica que a sua fúria aniquilou tudo e todos com um 17 de nota final, para não falar de um 18 no secundário -via cientifico. Acha-se uma mulher inteligente? “Gosto simplesmente de desafios” – (em suma, sim). Como guerreira nata que é, a justiça é o supra sumo da sua vida, acredita em valores e pensa que só assim é que o homem consegue realizar as suas tarefas terráqueas. Hábitos, hábitos, hábitos, o homem é feito de hábitos, diz-me ela com ar pedagogo. Como artista que é, adora a arte, desde a música, pintura, duvida do niilismo plástico e básico, mas adora o estilo figurativo. Quando falámos do futuro, a conclusão foi simples: está a acabar um mestrado e acha que a Covilhã com estas montanhas e vales todos nos tornam a visão um tanto ou quanto claustrofóbica. Adorei especialmente esta parte, porque me levou a pensar que o rumo da professora fosse outro e assim talvez Hermenêutica II esteja facilitada. Mas há mais, na música gosta de ver um bom concerto de jazz. E como é óbvio os talentos desta alentejana de gema não ficam por aqui, até piano toca. Com tanto talento numa só pessoa, comecei a perceber finalmente porque é que eu não tinha nenhum talento, mas enfim… passei logo para o assunto que menos queria falar, Filosofía. Quanto às correntes filosóficas contemporâneas, o existencialismo capta a sua preferência. A sua vida quotidiana é baseada fundamentalmente nesta área, a possibilidade da vida ser um absurdo não a assusta, antes lhe dá o incentivo e inspiração para encontrar a beleza no mundo. Então Entrevistas deste género devem ter sido um consolo para começar o dia. Já no terminus desta "conversa de corredor" deixa-nos a garantia de gostar da profissão, mas que, como ela mesma já afirmara anteriormente, os seu projectos levam-na sempre em busca do imprevisto. Saudações

sábado, 7 de janeiro de 2006

Profissões do Futuro.

"A revista americana Time publicou recentemente um caderno em que apresenta as suas previsões para as profissões do século XXI. Entre as previsões da Time estão:
- Engenheiro de Tecidos Celulares
- que actuarão no fabrico de órgãos humanos artificiais.
- Programador de Genes
- que trabalharão com o mapeamento e alterações no código genético dos seres vivos para evitar e combater doenças e desenvolver medicamentos.
- Farmoagricultor - juntando as habilidades agrícolas com as farmacêuticas, esse profissional vai produzir grãos geneticamente modificados com a ajuda da engenharia genética.
- Organizadores de dados
- profissional com a habilidade de organizar o turbilhão de informações que todos os dias é produzido por institutos de pesquisas, ONGs, governos, imprensa, universidades, e seleccionar as informações necessárias, sintetizá-las e contextualizá-las.
- Actores e escritores virtuais - para actuarem em filmes e fotonovelas veiculados apenas na Internet.
- Engenheiros do conhecimento
- profissionais capazes de criar inteligência artificial ou traduzir o expertise de especialistas e reproduzi-lo em softwares."
Fonte:http://www.mentessobredotadas.blogspot.com/