quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O que é afinal uma Biblioteca?

"São muitas, mas invariavelmente distorcidas, as visões que se costuma ter de uma biblioteca. Ora é lugar sagrado, onde se guardam objectos também sagrados, para desfrute de alguns eleitos. Ora, sob uma outra óptica é apenas uma instituição burocratizada, que serve para consulta e pesquisa, assim como para armazenar bolor e traças. Para muitos poucos, aqueles que a frequentam assiduamente, ela constitui o local de encontro com o prazer de ler, conhecer e informar-se."


Como frequentador assíduo da Biblioteca Central da Universidade da Beira Interior, constato que por melhores condições físicas que este espaço tenha, por melhor serviço que todos os Órgãos Dirigentes desta Biblioteca prestem ao público que a frequenta , é condição necessária a existência de silêncio para que se seja possível valorizar todos os pontos que referi inicialmente.

O espaço precisa eminentemente de uma reformulação e, ao longo dos quase quatro anos que usufrui deste espaço, constato que o ambiente é cada vez mais decadente : joga-se computador, ouve-se música, existe uma eminente confusão entre fazer trabalhos de grupo e estudar. Igualmente confuso é a utilização de um computador como ferramenta de ócio - pois à partida jogar e consultar o famoso Hi5 não consta no plano curricular de qualquer unidade curricular - e a utilização do mesmo espaço para a tentativa - impossibilitada pelo barulho - para descoberta da rica informação que tantos livros têm para nos oferecer. Acrescento que por vezes o bar está mais silencioso que a própria biblioteca.

As críticas construtivas, que surgem inevitavelmente como sugestão de reformulação do espaço, direccionam-se em duas matrizes . Em primeiro os computadores deveriam estar isolados do espaço para leitura, e estudo. Em segundo, fruto de uma estrutura arquitectónica que pouco convida ao silêncio (devido à grande amplitude do espaço) toda biblioteca deveria ser re-distribuída de modo a serem criados espaços onde o barulho não ecoasse pelos dois pisos (é facilmente constatável empiricamente o incómodo barulho provocado por alguém que circula nas escadas de acesso ao piso - 1 . Esse barulho é quase provocatório de um salutar estudo quando no mesmo momento circulam mais de duas pessoas nessas escadas e, p.ex, uma delas utiliza, diga-se, "calçado mais pesado e com menos apoio no calcanhar".


Se a UBI tem por fins, tal qual consta nos Estatutos desta entidade, "a formação humana, cultural, cientifica e técnica", é necessário desencadear essa formação numa cultura do silêncio para que seja possível usufruirmos dos espaços a que temos direito. Neste caso concreto, usufruirmos de um espaço de silêncio onde seja possível dar vida aos livros.

Certo de uma reflexão e eventual melhoria das condições disponho-me desde já para iniciarmos, todos juntos, esta cultura do silêncio.
Márcio Meruje, aluno de mestrado da Universidade da Beira Interior

terça-feira, 27 de novembro de 2007

How Journalists Invented Ethics

Two local journalism professors have produced guidebooks on Canadian journalism ethics that offer some hope to scribes toiling in the trenches of big media and the audiences enduring the daily drivel they produce.
Stephen Ward's The Invention of Journalism Ethics: The Path to Objectivity and Beyond and Nick Russell's Morals and the Media: Ethics in Canadian Journalism (2nd edition) remind us that the standards of today's newspaper barons are not the ones writers should aspire to, or the standards readers should tolerate. Together the books provide an eye-opener for all ink-stained wretches, but particularly those who skipped J-skool and learned their techniques from editors who often confuse "ethical" with "expedient."


domingo, 25 de novembro de 2007

Quase que dava para conquistar o Universo


Numa altura em que tanto se debate a importância da filosofia e a sua utilidade, aqui fica um conjunto de sociedades brilhantes... Juntem-se, unam-se.
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Associação Australiana de Filosofia – Lança um vídeo com breves respostas acerca da filosofia http://aap.org.au/resources/video.html
De Africa chega algum material interessantíssimo. Apoiado pelo Centro de Estudos Africanos da Universidade da Florida, o -Jornal de Estudos Africanos (online). Artigos variados de uma Filosofia Social e Politica. http://www.africa.ufl.edu/asq/
Associação Japonesa de Filosofia das ciências, criada por cientistas e filósofos, um bom exemplo. - http://phsc.jp/en/#pg1
Sociedade de Filosofia Prática, Índia - http://www.philosophicalcounsellingindia.org/

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Manifesto


Nós, os aprendizes da Filosofia, assim nos manifestamos: entramos num novo Século, num novo milénio…numa nova era. Se vivêssemos no princípio do século passado, seríamos futuristas…modernistas, surrealistas, letristas, ou até ... situacionistas!
Manifestamo-nos contra uma vida controlada pelos media.
Nós preconizamos uma vida mais participativa, aberta ao diálogo, à troca de experiências, apenas é o que queremos dizer à Sociedade.
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NÃO SE ACOMODEM! AJAM! FRUAM!
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Nós privilegiamos a cultura como um meio de auto-promoção, deixámos, há muito, de ouvir o que os mandatários, do alto das suas torres, nos mandam fazer, comportar, vestir, actuar… Refutamos todo o tipo de alienação, seja ela politica, social, cultural, utilizando o nosso discurso para melhor a decompor, e sem dúvida, DESTRUIR!
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Propomos:

- Mais programas culturais: educativos, históricos, comunitários, no sentido de apelarem ao bem comum.
- A criação como modo de actuação: todo o momento é um pretexto para um acto criativo. É na superação de si próprio, como ser criativo, que se atinge o fulcro, a essência da revolução preconizada.
- Hoje em dia as classes sociais, enquadradas numa perspectiva histórica tendem a esbater-se, dando lugar a uma uniformidade.
- É necessário, para haver progresso, encontrar novos binómios. Eliminar o superego, ou seja, o binómio superioridade/inferioridade. A solução passa pelo surgimento de um binómio unipessoal, em que cada ser tende a superiorizar-se a si próprio.
- Não há respostas, apenas, certezas em cada um de nós, uma energia alternativa mais aliciante, ao teu alcance.
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LIBERTA A ENERGIA POSITIVA QUE HÁ EM TI PARA PODERES CRIAR!
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A 10ª ARTE DEVERÁ SER/ NÂO SER
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- Aberta a uma pluralidade de sentidos e de significações.
- Desconstrutiva, enquanto atitude de uma consciência agudizada do problema que a actual estrutura constitui .
- Desprovida de funcionalidade…
- Referencial de contextos sociais diversificados…
- Destruidora de uniformidade…
- Representativa das aspirações individuais reprimidas pelo desejo da pretensa uniformidade.
- Reabilitadora das faculdades inatas a cada um…
- Via para a auto-afirmação pessoal…

Por que se espera?!


Certo dia na associação de jornalistas e Homens de Letras do Porto, assisti a brilhante palestra de António Lopes Ribeiro, famoso Cineasta, que manteve, na TV, o “Museu do Cinema”, programa que o povo não esqueceu e lembra com saudade.
Ora o conferencista, na habitual à vontade que lhe era peculiar, defendeu a tese que o cinema não é responsável pelo mal que corrói o mundo, mas pacifico espelho da sociedade.
Que me desculpe o célebre realizador de cinema, vir, agora, discordar do seu parecer; para mim, foi e é o principal responsável pela mudança de comportamentos; e não está só, acompanha-o a imprensa, a TV e a tão desejada Internet.
Sacerdote brigantino, à saída da sala de cinema, confessou, após assistir a filme que narrava a vida de Cristo: - “O actor que interpreta Jesus, evangeliza mais que punhado de missionários…”
Tinha razão: actrizes, figuras públicas, desportistas, escritores, não olvidando os jornalistas, ao declararem que seu trabalho é o espelho da sociedade, enganam-se ou enganam: a sociedade é o reflexo de seus pareceres.
É lugar comum asseverar: a violência domina o mundo; e o mundo, para nós, é a nossa cidade, as ruas onde nossas esposas e filhos caminham. Artérias onde corre sangue inocente.
Durante décadas os povos andaram a ser manipulados. A TV e o cinema injectaram a peçonha da desmoralização, divulgando comportamentos reprováveis e cenas indecorosas, inflamando desejos e viciando adolescentes.
A imprensa, a TV, conscientemente, plasmaram a índole dos leitores e ouvintes: mudaram-lhes valores, ao opinarem conceitos e condutas. São, no entanto, as “novelas”, no nosso tempo, igualmente responsáveis, porque analisam posturas ignominiosas, que à força de serem vistas, tornaram-se de chocantes, normais.
O que era ruim parece agora bom; o que se reprovava, tolera-se e até aprova-se. Nunca ouviram a expressão: “Anda no ar…”; é que pensamentos bons e maus, borboleteiam como ondas no ar, e as mentes captam e guardam.
Esse tem sido, em regra, o trabalho da media: vulgarizar o mal e a promiscuidade da sociedade.
A liberdade sexual apresentada em rebuço, “nas novelas”, sem aprovação, leva muito a perguntarem-se: Por que não fazer o mesmo?
Assim se desagrega e corrompe-se a família, aguçam-se apetites… e alimenta-se a precisão de preservativos e a malfadada interrupção da gravidez.
Desse jeito endurecem-se os corações, perde-se o respeito, a honra, a dignidade, os valores, e esbatem-se as fronteiras do bem e do mal.
Surge, então, a violência, a corrupção… a impunidade –“Se todos fazem… Porque não eu?! – interrogam-se.
Perguntai-me: Por que os meios de comunicação – mesmo os que mergulham em raízes cristãs, – agem assim?! Eu vos direi:
É a cobiça: a cobiça do dinheiro, da fama, do poder. Transmite-se o que o apetite quer, o que dá audiência, e não o que a sociedade precisa, e deste jeito a Nação queima-se em concupiscência.
Não sabem os responsáveis da TV, que a “novela”, em muitos lares, é a primeira fonte de cultura e tema de conversa?!
Desconhecem que é pela postura das personagens que os jovens pautam a conduta?! E que as figuras publicas são responsáveis pelo muito desconcerto que crassa pelo Pais?!
Se sabem, por que não mudam?! Se ignoram, há ainda tempo de se emendarem, para não serem culpados do mal que está acontecendo aos nossos filhos, e pela degradação da Pátria.
Brinca-se com as labaredas do erotismo. Inflama-se de torpezas os corações juvenis e das cinzas voam as faúlhas da violência, do crime e da morte.
Se houvesse chama de Amor, de fraternidade, a paz urbana regressaria. Voltariam as nossas crianças a brincar despreocupadamente; cairiam as grades das nossas janelas; e as expressões de medo apagar-se-iam.
A paz dos bons velhos tempos estampar-se-ia, de novo, nas faces dos idosos e os olhos das crianças tornar-se-iam a rir.
A felicidade do povo depende dos mas - media, das figuras publicas, dos políticos e de todos nós… por que se espera?! Que se tange a fogo depois da Nação se queimar de imundices?!
Humberto Silva

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Telegrapho de Hermes - 2 anos

"A Centhral de Telegrammas d'Intheresse Philosóphico cumpre hoje 2 anos de vida. Surgido a 16 de Novembro de 2005, o Telegrapho de Hermes tem vindo sistemáticamente a divulgar a actualidade na área da filosofia surgida no nosso país e no estrangeiro.Ao fim do último ano penso terem sido cumpridos os objectivos já presentes no primeiro ano - informação e divulgação dos eventos que contribuiram para a dignificação do papel da Filosofia no panorama social e cultural nos dias de hoje, assente sempre nos seus quatro principios basilares: sobriedade, concisão, objectividade e imparcialidade. (...)"

Comemorações do Dia Mundial da Filosofia na UBI no Sol

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Dia Mundial da Filosofia 2007 - Universidade da Beira Interior

Programa:

15 de Novembro de 2007

Sala dos Conselhos, Polo I, UBI

16 horas

Abertura:

Prof. António Fidalgo (UAL)

Prof. Paulo Serra (DCA)

Sexto - Empírico, Núcleo de Estudantes de Filosofia da UBI - Guilherme Leitão «Contributos para uma Filosofia Social»

Director de Curso de Licenciatura - Prof. José Rosa

Alocução: «O risco da Filosofia» - Prof. J. M. Santos

20.00 horas

Jantar Convívio/Tertúlia no "Clube União" "...Traz contigo uma citação"

(inscrições até ao dia 14 - sexto-empirico@hotmail.com 916458756 / 967997774)

organização:

Sexto Empirico

Curso de Filosofia


sábado, 10 de novembro de 2007

Mente, Self e Consciência - Alfredo Dinis e Manuel Curado


Colóquio: Porquê Deus se temos Ciência?

30 de Novembro de 2007
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Aula Magna da Faculdade de Filosofia da UCP - Braga
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Programa:
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09:00 – Abertura
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09:30 – Só acredito no que vejo? Fé e Ciência: diálogo e confronto
[Álvaro Balsas, Universidade Católica Portuguesa]
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10:00 – Entre Deus e o Microscópio: estudo preliminar na Faculdade de Filosofia
[Artur Galvão e Miguel Vieira, Universidade Católica Portuguesa, SPCC]
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11:00 – Apresentação do livro Mente, Self e Consciência
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11:30 – Intervalo

12:00 – O Futuro de Deus
[Manuel Curado, Universidade do Minho, SPCC]
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13:00 – Intervalo para Almoço
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14:30 – A nova fronteira do debate Religião/Ciência: as Neurociências
[Sofia Reimão, Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, Hospital de Santa Maria]
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15:30 – Nihilidade e Gnose – ou como a Ciência não chega para a Experiência Humana
[Francisco Teixeira, SPCC]
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16:00 – A Imaginação - o ultimo reduto entre Deus e Ciência
[Paulo Alexandre e Castro, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, SPCC]
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17:00 – Intervalo
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17:30 – Porquê a Ciência se temos Deus?
[Alfredo Dinis, Universidade Católica Portuguesa, SPCC]
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18:30 – Encerramento
Colóquio: Porquê Deus se temos Ciência?
A/C José António Alves
Sociedade Portuguesa de Ciências Cognitivas
Pr. da Faculdade de Filosofia, n.º 1
4710-297 Braga

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Is Web Surfing Dead?


Kevin Gamble posted some ruminations he happened upon at the Defrag conference this week based on the question of search versus discovery and surfing versus niche:
The conversation wandered into browsing, and the social mediated solutions such as StumbleUpon and Me.dium I commented that browsing was something that I just didn’t do anymore […] I was trying to make some sense of this, and mentioned that I thought browsing was analogous to channel surfing or radio station scanning. Channel surfing was a habit from when we had something less than 100 channels to choose from […] As soon as you get hundreds of channels through satellite, scanning is way too inefficient to be of any use. I wonder if the death of browsing isn’t the same thing?
I tend to agree with his premise. I’m not sure if I miss the old days of browsing out of nostalgia, or if I actually miss the useful things I’d happen upon from said browsing experiences. I could go down my list of bookmarks from when the internet was young (the Wayback machine still has it archived), and only a handful are left around the web as properly maintained sites. That those few sites are there means that a lot of the same types of content that existed in 1996 exist today, but because of the myopia induced by Google, a lot of our focus tends towards Wikipedia and blogs.
Don’t get me wrong. I eat and have a roof over my head because blogs and New Media exist - so I’m not suggesting Google go out and abandon their preferential treatment right away. Blogs, though, gave rise to niche content. Niche content gave rise to concepts of targeted advertising and pushing of relevant content. That, in turn, is giving rise to the attention economy.
Now we’re all consumed with the minute details and nuances of that which we’ve defined for ourselves as our interests. My browsing habits can best be described as concentric circles, these days, instead of meandering paths. It could be that I’m an expert on what I want to know, or it could be that I’m in a rut. It seems that I vaguely remember folks from the newspaper industry making (self-serving) claims that our individual intelligences would suffer if we learned only what we wanted, instead of the broad spectrum of information they gave us on a daily basis.
Yes, surfing is gone. I no longer need to surf. If I want a dose of random websites like I had back in 1997, I can simulate that with Boing Boing or the project.ioni.st.
I don’t think that we don’t surf now, with the glut of pages and choices. I think we can’t surf. In the blogging world, everyone is concerned with PageRank and who gets the TechMeme headline, that they’re too afraid to link to someone that could be viewed as a competitor. At the service website, a certain level of hubris is required so that all links must lead inward - you allow the user to see a link that points away from your site, and you could lose that user, and blow your ROI (and if you do send them away, make sure you target _blank!). All of our web experiences become informational cul-de-sacs.
Yet still, the chaos and churn of the modern web creates a useful and evergreen landscape for us to learn from and communicate with.
Browsing may be gone, but maybe we didn’t need it in the first place.

link

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Santo Agostinho em português

Uma das obras mais importantes de Santo Agostinho está agora traduzida para português. José Rosa, docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI foi o responsável pela revisão do texto final. Escreveu também a introdução e as notas que compõem o novo livro.
"É uma das obras mais prodigiosas do ponto de vista da antropologia e da teologia do Ocidente”, garante José Rosa. O docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI juntou-se a uma equipa de tradutores da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, coordenada pelo professor Arnaldo do Espírito Santo, para realizar “um sonho com alguns anos”. Sonho esse que consistia na tradução, para português, de um dos livros mais conhecidos de Santo Agostinho.“De Trinitate”, que surge agora como “Acerca da Trindade” foi uma obra escrita pelo célebre Bispo de Hipona, “que infelizmente ainda não tinha edição em português”, explica o docente. Com esta tradução, apresentada no passado mês de Outubro, em Fátima, “recuperam-se 900 anos de história”. José Rosa confessa que as traduções de Santo Agostinho ainda são escassas em Portugal. Ao contrário de outros países europeus “onde existem bibliotecas com mais de 90 volumes de Santo Agostinho traduzidos”, em Portugal a situação é bastante diferente.Esta obra, aparece agora “devido à junção de uma série de factores”. Há cerca de 12 anos que José Rosa tinha em mente a tradução do Latim para Português do livro escrito pelo Bispo de Hipona, “mas nunca se tinham proporcionado todas as condições para um trabalho dessa natureza”. Com as celebrações dos 90 anos das aparições de Fátima, começam a existir fortes possibilidades da tradução avançar. Foi reunida uma equipa de profissionais da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, “que fez toda a tradução, enquanto eu ia revendo o trabalho, fazendo as notas e também a introdução da obra”, acrescenta o docente da UBI.O livro está agora publicado pelas edições Paulinas e assume-se como “um acto de cultura de superior relevância”. O docente da UBI volta a lembra a importância de Santo Agostinho na fundamentação das principais teorias antropológicas e também em toda a história da teologia ocidental. Com esta tradução em Português “há todo um novo contributo para a compreensão deste homem, do que ele foi e de como pensava”. José Rosa, que tinha já estudado alguns aspectos da obra do Bispo de Hipona, nomeadamente na sua tese de doutoramento, intitulada “O Primado da Relação”, apresentada na Universidade Católica de Lisboa, lembra que em Português existem apenas alguns livros deste autor. “As Confissões” e “A Cidade de Deus” são apenas alguns exemplos. Mas o “Acerca da Trindade” ainda não conhecia a língua portuguesa, “muito pelo facto de existirem cada vez menos pessoas a falar Latim”. O docente da UBI adianta que “cada vez se sabe menos Latim, fruto das razões óbvias que passam muito pelo estado das Humanidades no País”, nas quais, na opinião do mesmo “não tem havido muito investimento político”.
Eduardo Alves in urbi.ubi

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Jornadas de Retórica - UBI


Jornadas de Retórica
9 de Novembro
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Questões de retórica contemporânea
Sala dos Conselhos 9 de Novembro


10h - Abertura das Jornadas
10h15 - Conferência - Maria Carmen de la Cierva - Los géneros retóricos desde sus origenes hasta la actualidad (Universidade CEU San Pablo Madrid/Universidade Autónoma de Madrid)
11h15 - Intervalo
11h30 - Sessão temática: A Retórica e os géneros Tito Cardoso e Cunha Américo de Sousa Ivone Ferreira
12h45 - Pausa para almoço
14h15 - Conferência Manuel Alexandre Júnior - Eficácia retórica: a palavra e a imagem.(Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
15h15 - Sessão temática: Campos da Retórica - Regina Marques Eduardo Camilo
16h15 - Intervalo
16h30 - Apresentação da Revista Rhêtorikê e da wiki QuickRhêtorikê
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