quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Rétorica...O que é para nós!


O que é?
Antes de se responder é importante saber se é importante a questão!
Para nós não!
Retórica é a arte de dizer babuseiras verosímeis pela boca fora.
E há quem diga ethos, pathos e logos, e o que é isto?
Não interessa, porque a retórica não interessa a ninguém.
Nós, estudantes de filosofía achamos que os professores (a maioria que vem de Ciências da Comunicação) diz e dá as aulas de uma maneira que põe a comunicação como a era em que vivemos. Na nossa opinião...estão errados.
Acreditamos sinceramente na concretização do projecto retórico, se e somente se interligarmos a classica superifície urbana.
No dicionário de português diz-se que é: "arte de persuadir com o uso de instrumentos linguisticos, sendo por excelência uma grande invensão sofística".
A retórica não se limita a uma esfera especial de competência, mas considera os meios de persuasão que se referem a todos os argumentos possíveis.
Por isso, fica a ideia de que falar é natural. Ser retórico é artificial.

4 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro amigo
Antes de te preocupares com a utilidade da retórica, preocupa-te com a forma como escreves. Concordo que a retórica para ti não tenha qualquer serventia. Mas umas aulas de "como bem escrever em português" assentavam-te que nem uma luva..
Filosófa sobre o assunto...

Sextus Empiricus disse...

Sugestão aceite.

Anónimo disse...

Caros amigos,
O vosso artigo não me parece muito justo. A Retórica não é mera sofistica, ela pode ser e é um instrumento útil para transmitir a verdade. A Retórica pode ser usada para boas causas, como afirma Aristóteles na obra com o mesmo nome.Aconselho-vos a leitura desta obra.
Quanto ao amigo da "retórica mais à frente", quero dizer-lhe que às vezes não é a forma das coisas que importa, mas sim o conteúdo.
Um abraço!

Anónimo disse...

Palavras vazias,retórica e revolução linguística em Portugal.

Quando ouvimos o seguinte de um politico português em relação ao tormento social dos despedimentos colectivos - "Trata-se de um ajustamento de efectivos com racionalização e optimização de recursos humanos" - O qué isto? -
Retórica.
A retórica não tem como finalidade a procura da verdade, ela actualmente é utilizada para atribuir novos significantes a realidades particularmente desagradáveis.Trata-se de atribuir conotações vazias e falsas às palavras, tendo por vezes como arma, a ignorância do público alvo - a isto chama-se revolução linguística do politicamente correcto. Portanto a conotação de palavras vazias com a hipocrisia social não tem qualquer interesse para alguém que aspira ser filosofo. Esta pseudo arte, pois só chamo arte àquilo que tem por finalidade o bem,só interessa à classe fingida dos políticos.
Mas convido-vos a ir ao absurdo. Para isso, utilizaremos um artigo de opinião do Ricardo França Jardim, publicado na pública em Dezembro de 99.

Diz-nos ele em relação à revolução linguística " (...) os carteiros passaram a técnicos de distribuiçao postal, os caixeiros viagantes a tecnicos de venda, as meninas do correio a técnicas de exploração postal, os jardineiros a tecnicos de manutenção de espaços verdes, os varredores a técnicos de higienização urbana, os estivadores a técnicos de manipulação e deslocação de cargas e descargas. Aboliram-se os contínuos. Passaram a auxiliares administrativos. (...)"
Mas há mais, "(...) As cabines telefónicas, os bancos de jardim, os marcos de correio e os postes de iluminação, apesar de fixos, são mobiário urbano. Nos autocarros deixámos de picar bilhetes. Validamos títulos de transporte, ou seja, oblitaramos.(...)"
Continuando, "(...)deixou de haver regiões atrasadas. O alentejo é uma zona de desenvolvimento sustentado e o Casal Ventoso, uma área urbana sensível aos grupos populacionais vulneráveis a condutas alternativas.
Na economia deixou de haver falências. Há empresas com insustentabilidade financeira. E os prejuízos são crescimetos negativos.
A Bolsa de Lisboa não está de rastos. Acontece que o período de transitório de reajustamento económico levou a uma desacelaração temporária do mercado de capitais (...)".
Para acabar "(...) O anão é um cidadão de estrutura diferenciada e o coxo um cidadão de mobilidade reduzida. Fica feio chamar burro a alguém. Deve-se dizer cerebralmente diferente (...)".

É caso para dizer VALHA-NOS DEUS, pois só ele é que se pode entender neste mar de pseudo intelectuais.
Em suma, àquilo que o filosofo chama de Cócó, bosta, merda o retórico traduziria numa expressão muito limpa e cordial -Resíduos urbanos.
Poupem-nos

Um abraço deste vosso amigo Pedro Pinho