quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

O que é que eles dizem...

Aluno do PRIMEIRO ano de filosofia na UBI
«No jardim há uma árvore. Dizemos dela: a árvore é um belo porte. É uma macieira. Ela está pouco rica de frutos este ano. Os pássaros que cantam gostam de a visitar. O arboricultor poderia ainda dizer acerca dela outras coisas. O sábio botânico que representa a árvore como um vegetal pode estabelecer uma quantidade de coisas sobre a árvore.
Finalmente, um homem estranho vem e diz a este respeito: “A árvore é. Que a árvore não seja, isso não é.”
O que é que, agora, é mais fácil de dizer e de pensar: tudo aquilo que, dos mais diferentes pontos de vista, se sabe dizer sobre a árvore, ou então a frase: a árvore é?»
Heidegger
Eu aluno do primeiro ano de Filosofia escolho a árvore é.

Aluno do SEGUNDO ano de filosofia na UBI
A decadência da filosofia é um facto. E os culpados quem são?
É bolonha? Também.
São os alunos? Muito pouco.
São os professores? Alguns.
É triste ver morrer um curso a que muitos filósofos já chamaram o saber mais.
No ano que passou, era notório o desinteresse dos alunos, este ano lectivo o desinteresse ainda é mais acentuado; a prova provada é que cada vez o curso tem menos seguidores. Para uma possível mudança, pouco haverá a fazer mas ficam aqui algumas sugestões:
- aos professores que não tenham vocação para ensinar, mudem de profissão.
-aos professores que não chegam a horas de ministrar as aulas, que reduzam os horários.
-aos professores a quem a democracia os afronta, que deixem a sua ideologia à porta da sala de aula;
- aos professores menos atentos à mudança, que façam uma reciclagem;
Os alunos não vem às aulas ou chegam atrasados, porque não são motivados ou porque os professores também não chegam a horas . Isto são factos.
Um apelo aos professores:
Cumpram e depois exijam.
Os alunos que pagam, impostos e propinas exigem que a universidade dê mais saber.
O facilitismo, o medo, a falta de organização, irá condenar não a filosofia, mas sim o curso de filosofia.
O funeral está para breve.

Aluna do TERCEIRO ano de filosofia na UBI
«A filosofia nasce do espanto». Frase proferida por Aristóteles e subscrita pela UBI. Todavia ela sobe ao palco de diferentes maneiras. É então sentada na plateia, reduzida a duas ou três pessoas , que por vezes me deixo invadir pelo tão raro e caro “deleite intelectual”, que alguns docentes ainda conseguem suscitar e fazer acreditar que a filosofia no seu puro sentido socrático não ficou perdida, algures no tempo dos afonsinhos. Contudo consigo ter na mesma instituição e no mesmo curso, professores que exercitam a nossa pontualidade e a nossa capacidade de memorização e ATENÇÃO , ainda estamos a falar de filosofia! Inconformada com toda esta situação ainda pergunto: Há alguma coisa a fazer? Talvez tenhamos perdido o kairos, e assim sendo resta-nos lamentar e ... desejar feliz natal.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Unidades de Investigação em Filosofia - Resultados da Avaliação da FCT‏

10 unidades de investigação (portuguesas), na área da Filosofia, foram avaliadas pela FCT. Os resultados já foram divulgados:

http://www.fct.mctes.pt/unidades/08/areas.asp?aid={5D0B7132-D7C3-4E80-B432-A5F484567B5B}

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Despojos

O omnipresente "jogo dos possíveis" acarreta a aceitação do outro na sua diferença. Aliás, estar no mundo é estar com o outro. Alimentada pela alteridade, a identidade do homem reclama incessantemente a intervenção de um outro, presente, mas diferente. Por conseguinte, "não basta dar voz às ideias do outro, mas é necessário reconhecer a sua autoridade concreta como um ser valioso e incondicionado"(Edgar Morin).De facto, se por um lado se deve aprender a reconhecer as possibilidades que se realizam num outro e não em nós mesmos, por outro deve-se pensar ao mesmo tempo que se está unido ao outro pela mesma pertença para reconstruir o seu ponto de vista, mas também para aprofundar o nosso ponto de vista. A partir desta experiência, o homem tem de ser, ao mesmo tempo, um ser forte com a noção exacta da sua fragilidade.Na aceitação do outro, que não pode ser rejeitado como bastardo ou herético, bem como na recusa de controlar o jogo com o outro e assim ganhar, está, creio, o "passaporte" do futuro da humanidade. Tal "passaporte" implica "melhorar a nossa capacidade de escuta no diálogo com o outro em vista de coexistência e solidariedade ainda inexploradas"(idem) e de abertura a novas possibilidades para a coevolução material e espiritual.Cumpre a cada um compreender que o homem se torna uma exigência existêncial para um outro. Na realidade, a exigência existêncial do outro introduz literalmente o ser egocêntrico nas interdependências. O egoísmo dará lugar à solidariedade, fraternidade e complementaridade. Assim, aprende-se que "a vida só é bela quando é uma empresa em benefício dos outros (e do mundo), quando sai da rotina que esteriliza para os perigos da aventura intelectual ou da aventura da acção"(Agostinho da Silva).De resto, o reconhecimento do outro "nada tem a ver com a racionalidade ou abdicação da razão, mas é um acto de profunda honestidade racional"(Edgar Morin), na medida em que, tal como Narciso, se o homem rejeitasse qualquer relação com os outros estaria condenado a perecer. Aliás, à medida que que o mimetismo invade o homem, cada um sente-se mais fraco em relação aos outros.A diversidade dos indivíduos funciona como um dos principais motores da evolução; é uma maneira de garantir o possível. Uma espécie de "seguro do futuro", aumentando as possibilidades de vida face à homogeneidade que traz a morte.
José Almeida. Aluno de Filosofia da UBI.

domingo, 14 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Lipovetsky dá conferência na UBI


O Professor de Filosofia da Universidade de Grenoble e investigador do Conselho de Análise da Sociedade da mesma instituição, Gilles Lipovetsky, vai estar na UBI no próximo dia 12 de Dezembro, onde dará uma conferência inserida no evento MOVE 08 - Mostra de Trabalhos dos Cursos de Design de Moda.

Programa:


Mostra de trabalhos de Design de Moda: (entrada livre)
Exposição de trabalhos de alunos de todos os anos dos cursos de Design de Moda.
14 Nov. a 12 Dez.: 9 – 12h30m e 14h – 17h30m
6 e 13 Dez. (sábados): 9h30m – 12h e 14h30m – 18h
Local: Museu de Lanifícios (Núcleo Real Fábrica Veiga), Universidade da Beira Interior, Covilhã.

Conferências: (Entrada Livre)
4 Dez. 14h: Ydreams (Mónica Pedro e Inês Henriques); Citeve (Fernando Merino)
12 Dez. 14h: Gilles Lipovetsky Anfiteatro das Sessões Solenes – Pólo I

Workshops:
15 – 16 Dez. - Introdução aos Têxteis Interactivos
15 -16Dez. - Desenho de Modelo

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O caminho faz-se caminhando




Passeio dos filósofos na UBI