sábado, 31 de janeiro de 2009

Filosofia sem fronteiras

STUK, Leuven, 20 de Outubro de 2008

Saudações cordiais,
Este momento parece-me propício para iniciar uma reacção proveniente da experiência diferente/diferida em terras flamengas e bravantes. Da novidade positiva que constitui saliento todo o mundo novo apresentado e todo o mundo novo emergente.Já que Erasmus de Roterdão passou e encontrou em Leuven uma visão do mesmo mundo novo equidistante, penso que, querendo, perante as milhas de estantes já vistas e pouco relidas, uma oportunidade de raciocinar com a benemérita realidade trapista uma nova cosmovisão do mundo que me foi permitida.De todas as cores e credos, ou crenças, suponho ver contributos já fecundos, no entanto, não totalmente realizados ou aproveitados para quem aprouver.Pois então destas palavras fica uma primícia do que procurei, uma partícula do que encontrei e uma esperança valorativa do que deixarei.

Atenciosamente,
Aluno de filosofia da UBI em Erasmus

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Situações...

Já não tenho freio nas minhas próprias palavras. Se dou um conselho, mesmo que boa a minha intenção, nunca sei se mais valia ter ficado calado. Se, pelo contrário, permaneço calado, esgoto-me sempre em falta comigo mesmo: poderia ter feito qualquer coisa...
Tal é o compromisso que tenho com o mundo; quer me cale ou não, quer ande ou fique parado: escolho-me; escolhendo-me a mim e ao mundo.
Subiamos as frias ruas da Covilhã. Ao fim de três meses de pausa académica, acompanhava agora Álvaro até à porta de sua casa. Quando, e já no meio da caminhada, espicaçada a minha curiosidade pelo seu aparente distanciamento, me (e)levou esta a consciência à interrogação: Que se passa hoje contigo, Álvaro?
Maldição das maldições! O juiz tinha dado ordem para que princípiasse a marcha!
Falara-me Álvaro, de um pai ausente, que só à coisa de dois meses, se revelara ao pequenos mas profundos olhos verdes do desajeitado filho, e que amanhã - logo amanhã! - faria 54 anos... A mãe de Álvaro, naturalmente, não tinha ficado muito contente com súbita aparição, - após 21 anos do nascimento de Álvaro. Talvez tivesse ela - medo! - que este lhe "roubasse" o seu único filho. Talvez fosse isso...
Depois de aceso um cigarro, Álvaro relatava-me a forma como a sua mãe ultimamente o importunava insistentemente com as "causas" que levaram à separação do casal. Juventude; falta de maturidade; desconhecimento; negação de compromisso... Enfim, todo um rol de palavras sempre insuficientes para determinar um homem livre.
O problema é, hoje fazia anos o seu pai, e Álvaro não conseguia encontrar razões bastantes para aceitar ou, pelo contrário, renunciar ao seu convite... passar o dia deambulando pelos altos da serra... na tentativa de nos conhecermos melhor... Álvaro, no fundo, sabia que sua mãe, legitimamente, não iria ficar contente se aceitasse tal proposta, e afinal, este seu "pai" não passava ainda de um homem estranho, - um perfeito estrangeiro...
Parámos por fim, em frente à porta de sua casa, mas ele há muito me abandonara no caminho... Na verdade! A partir do momento da sua confissão, eu nunca estive com ele!
O que devo fazer? Importunou-me ainda por uma última vez!
O que devo fazer? Eu, como de costume, nada disse... Ele também, nada me pediu... Desejamos, por fim, um boa noite mútuo; ele desapareceu pelas recém-caiadas paredes de sua casa, e eu prossegui a minha caminhada...
No fundo, eu tinha consciência, - Ele tinha consciência! -, poderiamos ter perdido a noite inteira em frente à porta de sua casa, colocando pesos sobre pesos na balança que ela decerto não tenderia favoralmente para lado algum... Eu tinha consciência, - ele tinha consciência! -, e já no rebordo da minha cama, imaginava-o acendendo um último cigarro na varanda, repetindo a mesma pergunta aos céus e além-céus, - O que devo fazer? -, sem que dos céus e além-céus sobreviesse resposta alguma, não sendo, - o eco da sua própria pergunta...

David Santos aluno de filosofia na UBI

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eleições Sexto-Empirico

No dia 9 de Janeiro (sexta-feira), decorrerá junto ao bar da Faculdade de Letras, as eleições com vista a eleger os próximos representantes do Núcleo Sexto--Empirico. Única candidata, a lista Z apresenta-se com os seguintes membros:

Direcção

Presidente: Diogo Gomes
Vice-Presidente: David Santos
Secretário: José Pinto
Tesoureiro: Ezequiel Gomes

Assembleia

Presidente: Joana Cardoso
Vice-Presidente: André Santos
Vogal: Luis Mendes


Sexto-Empirico