O objecto da crítica é desvendado por Nietzsche no prólogo do seu livro “Para Além do Bem e do Mal”, a saber, a filosofia dogmática, relativamente à Europa, o platonismo. “A filosofia dogmática foi uma dessas carantonhas quando se manifestou na doutrina dos Veda, na Ásia, ou no Platonismo, na Europa.”
Na opinião de Nietzsche, Platão veio instaurar o erro dogmático mais duradouro e perigoso: o “Espirito puro” e o “bem de si”.
Nietzsche condena e recusa a filosofia inteira. Para ele a filosofia compõe-se de mitos que não têm já a beleza dos mitos da mitologia.
O período da história a cujo o termo lhe é dado assistir manteve-se dominado por largo tempo pelos valores cristãos, que caracterizavam o “espirito do camelo”, ou seja, o espírito de obediência, de sujeição e veneração das velhas tábuas da lei. É um espírito forte e vigoroso, heróico até, que carrega sobre si todos os valores da religião à moral ao conhecimento. Toda a humanidade estava dominada, por uma falsa ideologia de um Deus, ao qual se obedecia a todas as imposições e imperativos.
Todo este período é dominado por valores já estabelecidos, fixados num céu religioso, moral, ou cientifico, que reduzem o homem a um animal, atento e venerador. Carregando todo este peso, o espírito de camelo apressa-se fatalmente para o deserto, não só de todos os valores divinos e humanos, mas da ausência radical de todo e qualquer valor. “Como soubemos, desde o princípio, conservar a nossa ignorância para usufruir uma liberdade mal compreensível, para gozar a falta de escrúpulos, de cuidado, uma bravura e serenidade da vida, a própria vida! E foi somente nesta base, desde então sólida e inquebrantável, da ignorância, que a ciência pôde edificar-se até ao presente, a vontade de saber na base duma vontade bem mais potente ainda, a vontade de ignorância, de incerteza, de mentira!”
Na opinião de Nietzsche, Platão veio instaurar o erro dogmático mais duradouro e perigoso: o “Espirito puro” e o “bem de si”.
Nietzsche condena e recusa a filosofia inteira. Para ele a filosofia compõe-se de mitos que não têm já a beleza dos mitos da mitologia.
O período da história a cujo o termo lhe é dado assistir manteve-se dominado por largo tempo pelos valores cristãos, que caracterizavam o “espirito do camelo”, ou seja, o espírito de obediência, de sujeição e veneração das velhas tábuas da lei. É um espírito forte e vigoroso, heróico até, que carrega sobre si todos os valores da religião à moral ao conhecimento. Toda a humanidade estava dominada, por uma falsa ideologia de um Deus, ao qual se obedecia a todas as imposições e imperativos.
Todo este período é dominado por valores já estabelecidos, fixados num céu religioso, moral, ou cientifico, que reduzem o homem a um animal, atento e venerador. Carregando todo este peso, o espírito de camelo apressa-se fatalmente para o deserto, não só de todos os valores divinos e humanos, mas da ausência radical de todo e qualquer valor. “Como soubemos, desde o princípio, conservar a nossa ignorância para usufruir uma liberdade mal compreensível, para gozar a falta de escrúpulos, de cuidado, uma bravura e serenidade da vida, a própria vida! E foi somente nesta base, desde então sólida e inquebrantável, da ignorância, que a ciência pôde edificar-se até ao presente, a vontade de saber na base duma vontade bem mais potente ainda, a vontade de ignorância, de incerteza, de mentira!”
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