domingo, 2 de março de 2008

Será possível recategorizar «nós» e «eles»?

Duas estradas divergiam num bosque e eu segui a menos percorrida – e isso fez toda a diferença. In The road not taken de Robert Frost (1874-1963).
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Introdução

Atendendo ao fenómeno psicossocial de estereótipo, preconceito e discriminação, parece ajustado chegar-se a mudar a história de vida de alguém pertencente a uma minoria, por vir a contar a experiência de forma alternativa[1]? Perceber de distinta forma pessoas, por se recategorizar «nós» e «eles», possibilitará outra base para compreendermos o mundo, pretendermos mudá-lo e sugerirá novas potencialidades linguísticas e do léxico mental[2] para a dissimetria entre pessoas?
Um estereótipo é «uma crença ou um conjunto de crenças sobre pessoas, integradas em uma categoria social particular»[3]. Mesmo criando horrores por destruição de povos, o estereótipo faz-nos viver, dia após dia, inferindo como «eles» sejam, desagradados com os seus gestos, palavras ou atitudes.
Este artigo é orientado pela temática do estereótipo – esquema mental (schema, schemata, no plural)[4], do preconceito social e da discriminação do outro, com ênfase em operações cognitivas comuns e em atalhos cognitivos – os denominados túneis da mente...
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