quarta-feira, 18 de março de 2009

Terça-Feira, 17 de Março, 2009, jornal: PÚBLICO

Antes de 03/03/09
















Depois de 03/03/09














CATÁSTROFE CULTURAL, a letras vermelhas e bem gordas, a crueza da manchete qualificava, mas, ainda assim, não dava conta da amplitude da tragédia implicada no desmoronamento do Arquivo Municipal de Colónia, a mais antiga cidade da Alemanha, que ancestralmente recolhia, por entre 27 quilómetros de prateleiras e prateleiras e mais prateleiras, éditos de Napoleão, cartas de Hegel, artigos de Marx, importantíssimos documentos medievais, quase todo o espólio literário do nobel Heinrich Böll, reticências, reticências, reticências.
As causas deste "acidente", dividem-se entre, eventuais erros por parte do município no processo de conservação do edifício e, as recentes obras com vista à ampliação do metro subterrâneo da cidade. Enfim, não há culpados...
Quantitativamente, o acervo estava calculado em 400 milhões de euros, mas, como referi, este cálculo refere-se apenas quantitativamente, mas, qualitativamente falando, com que tabelas se rege o valor da cultura, quais as implicações sociais/culturais/individuais causadas por esta perda, - que teria sido muito maior, não fosse a existência de um milhão de microfilmes aplicados às obras -, enfim, o que perdemos verdadeiramente e que conclusões podemos tirar desta: CATÁSTROFE CULTURAL?

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