quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Ainda vai dar que falar.

Considerado um dos maiores pensadores portugueses, Agostinho da Silva conquistou uma extraordinária popularidade quando, no início dos anos 90, começou a participar no programa Conversas Vadias, da RTP 2. A partir daí, milhões de portugueses passaram a acompanhar regularmente os seus pensamentos e debates no pequeno écran.

“Não defendo este partido, nem o outro; se ambos diferem à superfície e podem arrastar opiniões, aprofundemos nós um pouco mais e olhemos o substrato sobre que repousa a variedade […] Que vejo de comum? O rebanho dos homens, ignorantes e lentos no pensar, que se deixam arrastar pelas palavras e com elas se embriagam” – “Diário de Alcestes”, 1945

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

TO THE QUESTION ABOUT QUANTITATIVE - QUALITATIVE TRANSITIONS

Critics of the Dialectic laws as the basic reason against them, usually speak about any mystery of quantitative - qualitative transitions, state doubts concerning how permanent quantitative growth of size of one quality suddenly results in occurrence of other quality. Thus, very often, in quality of a "terrible" example for the given dialectic law the theory of Darwin is given.(...)

(..)The second necessary condition of exact definition of the moment of quantitative - qualitative transition is, whenever possible, the most precise delimitation of each of qualities. For this purpose application of the minimal, elementary units of measurements of a measure of these qualities is necessary. For example, for measurement of a degree of fullness of a vessel by water by the minimal, elementary unit there will be one molecule of water. For a presence(finding) of transition from gaseous limiting hydrocarbons to liquid - such minimal unit will be one carbon part. In sports competitions of racers, transition from measurement of time with the accuracy equal of 0,01 second, to the accuracy equal of 0,001 second, allows to reveal the winner in those cases which did not come to light earlier, that compelled to recognize as winners of two leaders.(...)

http://www.sciteclibrary.ru/eng/catalog/pages/6660.html

domingo, 12 de fevereiro de 2006

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

O amor visto por um amante - Papa Bento XVI

O Papa Bento XVI, na sua primeira Encíclica, decide escrever sobre o amor, uma vez que actualmente tem-se usado Deus como um subterfúgio para tornar guerras legítimas. Ora, uma guerra está diametralmente oposta ao amor. Os israelitas, na oração em torno da qual gira a sua vida quotidiana repetem: «Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças». Jesus veio completar este mandamento com o do amor ao próximo: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». Bento XVI, inicia a Encíclica referindo que hodiernamente há uma confusão no significado da palavra amor, ao mesmo tempo, a palavra "amor" foi-se banalizando cada vez mais: "fala-se de amor da pátria, amor à profissão, amor entre amigos, amor ao trabalho, amor entre pais e filhos, entre irmãos e familiares, amor ao próximo e amor a Deus." No entanto, nestas utilizações da palavra amor ressalta a que se refere a amor entre o homem e a mulher, chegando mesmo este tipo de amor a "ofuscar" os outros, como refere Bento XVI. Mas isto leva a que nos questionemos se há somente o amor, que depois se diferencia em várias formas, ou se estas várias formas de relações se referem a realidades diferentes. No grego distinguem-se sobretudo dois tipos de amor: o "eros" e o "agape". O "eros" está relacionado com o amor entre o homem e a mulher, é o amor do inebriamento, da "loucura divina", dos rituais de fecundidade nos templos, que não depende da vontade nem da razão, que de algum modo se impõe ao homem; o "agape" é o amor firmado na fé, oblativo... Uma questão se coloca: será que este último tipo de amor, próprio do cristianismo, é, no limite, praticável? Bento XVI, refere que as duas formas de amor estão interrelacionadas, o amor começa por ser "eros", isto é, caracterizar-se-ia pelo amor ascendente, ambicioso e possessivo, depois passa a ser amor "agape", colocando a tónica no outro, mais preocupado em dar: "Embora o eros seja inicialmente sobretudo ambicioso, ascendente — fascinação pela grande promessa de felicidade — depois, à medida que se aproxima do outro, far-se-á cada vez menos perguntas sobre si próprio, procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará «existir para» o outro." Se o amor é somente "eros" acabará por decair, mas também não pode ser somente "agape", pois o homem além de dar também precisa de receber.
Na Bíblia, é no Cântico dos Cânticos, que através de metáforas eróticas, é demonstrada a relação entre Deus e os israelitas. Deus ama pessoalmente cada um: “O eros de Deus pelo homem (…) é ao mesmo tempo totalmente ágape”.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006