segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A UE a meio caminho

Sucumbir a meio caminho é trágico: esse é o sentido trágico da UE e, simultaneamente – esperemos que não! - o seu destino: sucumbir a meio caminho. A meio caminho entre uma mera e "utilitarista" conglomeração de Estados-soberanos e uma autêntica Federação de estados. A meio caminho entre emissões da dívida pública lançadas individualmente, i. é, por cada Estado-membro em particular, e os tão falados eurobonds (enquanto emissões colectivas da dívida europeia considerada como um todo e uma só). A meio caminho para a harmonização fiscal (decerto ainda não nos esquecemos do “escândalo” da Jerónimo Martins!). A meio caminho para a correcção dos desequilíbrios macroeconómicos presentes dentro da própria Eurozona – não esqueçamos os superavit´s nas balanças comerciais de países como a Alemanha e a Holanda. A meio caminho entre uma ética forjada na iníqua relação devedor/credor e uma ética potencialmente equitativa da negociação assente na igualdade e liberdade das partes. Enfim, a UE a meio caminho, sempre a meio caminho…


David Santos.

1 comentário:

Anónimo disse...

É o meio caminho para a opressão e para a decadência de uma tentativa de unidade e igualdade.
Até quando é que nos vão iludir?
Catarina Fernandes