quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Breve História do Núcleo

Para conhecermos a origem do Sexto Empírico, teremos que redireccionarmo-nos até ao ano de 1973, quando oficialmente foi instituído o Instituto Politécnico da Covilhã, ora, o IPC estava seriamente vocacionado para cursos técnicos na sua maioria de engenharias, onde se aliava a industria dos lanifícios com a formação académica, este foi o primeiro passo na Covilhã, um caminhar humilde, mas sempre interessado na evolução, como veremos mais à frente.
Em 1979 o IPC passa a denominar-se Instituto Universitário da Beira Interior, onde se inicia uma reconversão quase total da Covilhã. As antigas fábricas dos lanifícios são convertidas em Pólos de ensino, e entramos já no ano de 1986 onde o IUBI passa a UBI – Universidade da Beira Interior.
O projecto lançado em 1973 começa a ganhar mais forma, e o país olha para esta cidade outrora deprimida devido à crise dos lanifícios como uma nova oportunidade, onde as condições de ensino são de facto um bom exemplo para outras instituições. A UBI demonstra um espirito jovem , vanguardista e arrojado, como é o caso de possuir a Licenciatura de Filosofia.
Foi precisamente no ano lectivo de 2001/02 que esta ainda jovem universidade abre as portas à licenciatura de Filosofia. Foi a força encorajadora do Professor Catedrático António Fidalgo, que o curso manteve e mantem um corpo docente à altura das exigências dos tempos e dos alunos, pois bem, era o director do curso, o Professor José Manuel Santos.
Depois da Licenciatura fundada, os poucos alunos que inauguraram a licenciatura, sentiram que ainda existiam algumas lacunas no seio académico e pedagógico, entre estes alunos encontravam-se Daniel Lopes e o Morgado. Estes dois jovens alunos arrancaram num projecto que ainda hoje é o “tubo de ensaio” de todos aqueles que passam pelo núcleo. Depois das formalizações legais, o núcleo toma forma e é no dia 26 de Maio de 2003 que toma posse, é então Presidente: -Morgado e Vice – Presidente: - Daniel Lopes.
O nome do Núcleo, -Sexto Empírico, vem do facto deste Filósofo céptico apaixonar e servir de exemplo aos fundadores, na medida em que promove um alcance intelectual entre a verdade e a procura da mesma. São talvez estes os fundamentos que façam deste Filósofo uma real mas céptica analogia na demanda que o próprio projecto do núcleo pretende alcançar. A virtude do mesmo é a de alcançar o humanismo filosófico e o relacionamento dos recursos humanos na praxis, “porque nem só de palavra vive o homem”, mas da absolvição anti-metafisica que a natureza, as artes e as pessoas fazem da vida enquanto bios. Todos estes conceitos estavam regulados pelos princípios das necessidades, tanto da licenciatura do ponto de vista pedagógico e da UBI em relação às infraestruturas académicas e não só. Era urgente que “cepticismo” do núcleo fosse levado à frente para conseguir promover uma melhor interacção entre os alunos, corpo Docente, Departamento, Reitoria e a própria Cidade da Covilhã.
O primeiro logotipo do núcleo tinha como ideia o rosto de um professor da Licenciatura de Filosofia, como tributo aos seus ensinamentos sobre o cepticismo. Foi o Professor Rui Bertrand que expôs de forma apaixonante o cepticismo de Sexto empírico e isso foi muito significativo, também o contributo do mesmo professor na altura da fundação foi decisivo do ponto de vista emocional e de incentivo para o surgimento do mesmo. O segundo logotipo tem a ideia de inovação e vanguarda, de união e amizade. As cores azuis, são a denominação de cor de curso e de Departamento.
Foi no biénio de 2004 e 2005 que Daniel Lopes assumiu a Presidência, onde elevou o nome do Sexto Empírico a toda a comunidade académica e covilhanense, o Sexto Empírico já não era um núcleo qualquer e isso foi decisivo para o reconhecimento dos estudantes de filosofia como de toda a gente. Daniel transmitia o espirito do associativismo de forma genuína e pura. A aposta pedagógica e cultural valeu-lhe o titulo de Daniel – O Verdadeiro.
Nos dois anos seguintes, 2006 e 2007, Guilherme L. L. Castanheira, assumia a Presidência do Sexto Empírico. Para além de defender que existe uma Filosofia Social apta a dialogar com a diferença, foi precisamente neste diálogo que aliou a Licenciatura de Filosofia a outras Licenciaturas, onde se abraçava um conhecimento “orgânico” e experimental. Foi este o mote de diversas actividades. Via o papel do núcleo como diplomatas e não políticos. Acreditava na sinergia da “organização”.
No ano de 2008 a renovação total aconteceu. Joana Tarana toma posse e consagra-se assim, como a Primeira Mulher a ser Presidente da Direcção do Sexto Empírico. Já outra mulher tinha chegado a Presidente, mas da Assembleia, Mariana Ferreira, cuja determinação lhe era reconhecida. Apesar de tudo Joana Tarana lidera de forma muito honesta toda uma tradição. A vontade dela é delicada mas consensual para com todos os estudantes de Filosofia.
O projecto Sexto Empírico é apoiado por várias personalidades, por mecenas que também eles acreditam na vontade da diferença.
Desde sempre que o núcleo colabora com Corpo Docente, onde desde 2006, é Director do Curso de Filosofia o Professor José Rosa, que é um pilar, tanto da formação académica como espiritual. O Sexto Empírico é colaborado institucionalmente por Docentes, esta sinergia e união são fundamentais.







.







.






Primeiro Logotipo
.







.

Segundo Logotipo

















.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.







.






































































































































































































































































































































































































































































































































Aproveitando este período de férias, é bom relembrar alguns dos que foram, os mais emblemáticos artigos escritos por nós, alunos de filosofia e futuros profissionais de uma embaixada tão motivadora, como é a Filosofia.
O núcleo de estudantes de filosofia orgulha-se do experimentalismo severo, das motivações inconstantes, mas mais concretamente do seu per.curso alcançado até agora. Sempre sem medo.
O Sexto – Empírico, foi um núcleo criado inicialmente por pessoas que sentiam a necessidade, de quê? Do concreto.
Pessoas que venderam o computador para comprar uma máquina de escrever, pessoas que mantinham e mantêm a tradição do “café”, da tertúlia e de um humanismo crescente. Criados em diversos pontos do país, juntaram-se na montanha para reflectir, para unir conhecimento ao som do trânsito e da loucura aliada ao pensamento. Adultos na vontade, crianças no crer. O Sexto – Empírico não só é uma personificação da consciência absurda do mundo, como uma alternativa eficaz às circunstâncias devoradoras da inutilidade do vício pouco poético que a sociedade apresenta.
Começámos assim. Denunciámos isto e também um antigo Presidenta da Républica, porquê? Porque as razões são óbvias.







Queríamos caminhar e caminhámos, entramos no museu e dissemos a todos: "E agora?", e agora vem a retórica, grande coisa. Continuamos a navegar ao encontro e de encontro ao -Ser Filósofo.







Descobrimos então que é na festa que tudo pode mudar, viva o convívio. Saimos do museu e fomos ver morrer o Mestre Giordano à Guarda. Divulgámos Pápas , Filósofos e fraudes filosóficas, mas foi no Oriente que o Sol nasceu, veio bolonha e com ela a (r)evolução, mas nós sempre firmes, sem medo, até Kant invocámos, descemos ao Pireu em busca do amor, mas achámos mais importante lançar uma opa à universidade, e foi aqui que surgiu a dúvida, enfim... mentes. Pedimos ao mundo frontalidade, e ela apareceu, com ela o dia internacional da filosofia, algum silêncio, um novo logotipo, e outro, e outro. Brincámos com o Instituto de Filosofia Prática, com o curso de filosofia e com os Professores, visitámos o nosso jovem filósofo, mas também conhecemos umas jovens moças. Com toda esta prática mundana falámos ao povo e aos deuses, foi divinal. Fizemos também um vídeo e lançámos um concurso, mais um! Tudo isto num só blog.







É este o espírito que nos tem acompanhado, sempre sem medo.

Sem comentários: