sábado, 25 de agosto de 2007

O Prado morreu! "Para onde vai a Filosofia"?

"Devo dizer que se trata de uma situação francamente inquietante: parece que, por critérios que têm a ver com a ideia de que o país precisa de se desenvolver, a Filosofia tende a desaparecer dos currículos das universidades. Logo a Filosofia, essa disciplina que deveria surgir como a rainha das disciplinas, aquela que as deveria de certo modo organizar, estabelecendo os nexos, as transversalidades, as forças ocultas, os veios essenciais. Poderemos chegar a esta situação algo absurda ou caricatural de vermos alguém chegar a uma universidade e lhe virem dizer que, se quiser saber algo de Filosofia, deverá arranjar um professor particular, ou então procurar uma universidade privada, dessas cujo estatuto é por vezes nebuloso, e procuram encontrar motivos para atrair alunos. É verdade que, na tradição portuguesa, a Filosofia tem um estatuto pouco reconhecível . Somos mais gente de História, para quem o acto de pensar não tem um estatuto respeitável. Mas, de qualquer modo, a gente reconhece a importância do pensamento. Querem um exemplo algo trivial? Veja-se, no programa Um Contra Todos, o caso desse excelente apresentador que é José Carlos Malato. Ele fez Filosofia, e isso reconhece-se logo no modo de abordar os problemas e na forma como se aproxima dos candidatos. É uma visão de conjunto, capaz de integrar a extraordinária variedade das questões e até a fragilidade ou a força de alguns candidatos.O que se passa neste momento, e que tem suscitado as reacções indignadas daqueles que se interessam por estas coisas, com reuniões, debates, intervenções públicas, mesas-redondas, é que o Ministério da Educação parece considerar que a Filosofia não deve ter lugar no ensino, pela simples razão de que não tem alunos suficientes. Sejamos objectivos: pelas razões já apontadas, é claro que não tem. Talvez seja frequentada por meia dúzia de pessoas no máximo do seu auge. Mas a verdade é que é preciso distinguir duas coisas: ou encaramos os problemas segundo uma perspectiva meramente economicista (o que, infelizmente, acontece com demasiada frequência no âmbito do Partido Socialista), ou então tem de se ter em conta a própria lógica do sistema universitário, onde é difícil imaginar a ausência da Filosofia. Donde, o que se está a verificar é francamente perturbante. Para onde estamos a ir? Para que tipo de sociedade nos encaminhamos? Tenho grandes dúvidas em relação a todo este processo. Basta de querermos ser apenas eficazes, temos de perceber que as coisas têm a sua especificidade e não vale a pena estar a escamoteá-lo. Uma escola não pode ser apenas uma máquina produtiva, tem de estar ligada a uma visão do mundo, e, se essa visão do mundo é de esquerda, tem de assumir aquilo que essa esquerda tem como tradição. A ideia de que a Filosofia tem um papel fundamental não é recente, vem muito de trás, provavelmente do romantismo alemão e de alguns nomes essenciais como Schlegel ou Hölderlin. É verdade que, na sua essência, o problema da Filosofia não tem orientação ideológica particular. É uma realidade que se impõe aos olhos de todos e que deveria ser considerada por todos."

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

" TEREMOS AINDA PORTUGAL?"

O título tem um tom provocatório, mas eu vou justificar. Não digo que esteja para breve o nosso fim de país independente e livre. Mas, pelo andar da carruagem, traduzido em factos e sintomas, a doença é grave e pode levar a uma morte evitável. Aliás, já por aí não falta gente a lamentar a restauração de 1640 e a dizer que é um erro teimarmos numa península ibérica dividida. De igual modo, falar-se de identidade nacional e de valores tradicionais faz rir intelectuais da última hora e políticos de ocasião. O espaço nacional parece tornar-se mais lugar de interesses, que de ideais e compromissos. Há notícias publicadas a que devemos prestar atenção. Por exemplo: um terço das empresas portuguesas já é pertença de estrangeiros; 60% dos casais do país têm apenas um filho; vão fechar mais cerca de mil escolas ou de mil e trezentas, como dizem outras fontes; nas provas de língua portuguesa dos alunos do básico, os erros de ortografia não contam; o ensino da história pouco interessa, porque o importante é olhar para a frente e não perder tempo com o passado; a natalidade continua a descer e, por este andar, depressa baterá no fundo; não há nem apoios nem estímulos do Estado para quem quer gerar novas vidas, mas não faltam para quem quiser matar vidas já geradas; a família consistente está de passagem e filhos e pais idosos já não são preocupação a ter em conta, porque mais interessa o sucesso profissional; normas e critérios para fazer novas leis têm de vir da Europa caduca, porque dela vem a luz; a emigração continua, porque a vida cá dentro para quem trabalha é cada vez mais difícil; os que estão fora negam-se a mandar divisas, por não acreditarem na segurança das mesmas; os investigadores mais jovens e de mérito reconhecido saem do país e não reentram, porque não vêem futuro aqui; a classe média vai desaparecer, dizem os técnicos da economia e da sociologia, uma vez que o inevitável é haver só ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres; os políticos ocupam-se e divertem-se com coisas de somenos; e já se diz, à boca cheia, que o tempo dos partidos passou, porque, devido às suas contradições, ninguém os toma a sério; a participação cívica do povo é cada vez mais reduzida e mais se manifesta em formas de protesto, porque os seus procuradores oficiais se arvoram, com frequência, em seus donos e donos do país e fazedores de verdades dúbias; programa-se um açaime dourado para os meios de comunicação social; isolam-se as pessoas corajosas e livres, entra-se numa linguagem duvidosa, surgem mais clubes de influência, antecipam-se medidas de satisfação e de benefício pessoal…Não é assim, porventura, que se acelera a morte do país, quer por asfixia consciente, quer por limitação de horizontes de vida?É verdade que muitos destes problemas e de outros existentes podem dispor de várias leituras a cruzar-se na sua apreciação e solução. Mais uma razão para não serem lidos e equacionados apenas por alguns iluminados, mas que se sujeitem ao diálogo das razões e dos sentimentos, porque tudo isto conta na sua apreciação e procura de resposta.Há muitos cidadãos normais, famílias normais, jovens normais. Muita gente viva e não contaminada por este ambiente pouco favorável à esperança. Mas terão todos ainda força para resistir e contrariar um processo doentio, de que não se vê remédio nem controle? Preocupa-me ver gente válida, mas desiludida, a cruzar os braços; povo simples a fechar a boca, quando se lhe dá por favor o que lhe pertence por justiça; jovens à deriva e alienados por interesses e emoções de momento, que lhes cortam as asas de um futuro desejável; o anedótico dos cafés e das tertúlias vazias, a sobrepor-se ao tempo da reflexão e da partilha, necessário e urgente, para salvar o essencial e romper caminhos novos indispensáveis. Se o difícil cede o lugar ao impossível e os braços caem, só ficam favorecidos aqueles a quem interessa um povo alienado ao qual basta pão e futebol…Mas não é o compromisso de todos e a esperança activa que dão alma a um povo?

D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro

Philosophy Now - a magazine of ideas

A Question of Identity
por
Bob Harrison
Hello, you, this is me – and that’s him. But what are you? And what am I? And what is he? Three questions, and in each case the answer is philosophically interesting. The interest turns on the further question: “What is a person?”
John Locke offers a suggestion:
“what person stands for... a thinking, intelligent being that has reason and reflection and can consider itself as itself, the same thinking thing in different times and places.” An Essay Concerning Human Understanding
This is Locke’s famous theory that psychological continuity is the key to personal identity: the idea that if you can remember doing something, it was you who did it, and if you can’t remember doing it, it wasn’t you, but a different person. It wouldn’t be difficult to find a fair number of philosophers who would take Locke’s sixteenth century definition of ‘person’ either as the right answer, or at least a very useful starting point on a journey to such an answer. But what is the point of asking the question in the first place? What is the use of making, as Locke does, a distinction between a ‘man’ – the living, thinking body – and a ‘person’ – the living, but purely mental being?
Magazine aqui continuação do artigo aqui

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Evolução Natural

"Cientista italiano diz que humanidade será bissexual
Um conhecido cientista italiano está a causar polémica em Itália depois de ter apresentado uma teoria em que diz que a espécie humana está a caminhar para a bissexualidade"
100 razões porque é que a evolução é tão estupida

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Our Democracy for Sale, Still

Federal election law limits some donations to limit unethical influence of wealthy interests, but secret, unlimited donations are still legal
On August 1, the Globe and Mail claimed to have "discovered" in Canada's federal political donations law a loophole that allows a donor to donate more than $60,000 in secret to a political party through small donations to each of the party's riding associations. Actually, this is neither a discovery, nor is it the only or most serious federal secret donations loophole.
The association donation loophole was highlighted in Democracy Watch's 1999 report "For the Best Government Money Can't Buy."
And yes, it is illegal for corporations, unions and other organizations to make donations to parties, riding associations or candidates (since January 1, 2007), and illegal for individuals to exploit this loophole to make donations larger than the legal limits of $1,100 annually to each party, $1,100 annually combined total to each party's associations, and in an election year an additional $1,100 combined total to each party's candidates (all three limits increase each April 1st based on the inflation rate). But these limits cannot be enforced because of weak disclosure and enforcement measures.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

IV CONGRESSO PORTUGUES DE FILOSOFIA APLICADA


IV CONGRESSO PORTUGUÊS DE FILOSOFIA APLICADA Dia Mundial da Filosofia (UNESCO)
Local: Auditório 1 - CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE FARO
Data: 16-18 DE NOVEMBRO DE 2007
Tema: O Conselheiro/Orientador Filosófico nas Instituições


Dia 16 de Novembro (6ª feira):
10h – 13hActividades de Filosofia para CriançasProfessoras: Celeste Machado e Joana Sousa Coordenação: Leonor Viegas.
16h30 – Abertura do Secretariado
17h00 – Sessão de Abertura:Directora do Congresso, Presidente da APAEF, Director do CFF, Director-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, Presidente do Instituto Piaget, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO.
18h – Conferência 1Área Temática: Filosofia Aplicada às InstituiçõesModerador: José Alves JanaConferencista: António de Oliveira Cruz – Instituto Piaget, LisboaTítulo: «Filosofia e Saúde»
18h45 – Pausa para Café
19h – Conferência 2
Área Temática: Filosofia Aplicada às InstituiçõesModerador: Tiago PitaConferencista: Maria João Neves – Instituto D. Afonso III, LouléTítulo: «Prática Filosófica e Neurociência – Investigação Fundamental»
19h45 – Pausa para Café
20h00 – Comunicações 3 e 4 Área Temática: As Necessidades e os Problemas Filosóficos das Pessoas Moderador: Marcos Cóias e Silva
Comunicador: Filipe Menezes – Colégio São Martinho, CoimbraTítulo: «Da Especificidade da Filosofia à Filosofia Aplicada como Oferta Insubstituível – Uma Discussão Introdutória»
Comunicador: Pedro Vistas – Centro de Estudos de Filosofia – UCP, LisboaTítulo: «Da Psicologia à Ontologia – Para uma Restauração da Filosofia»21h – 21h30 - QuestõesDia 17 de Novembro

(Sábado)
9h30 – 10h30 Conferência 5 Moderadora: Maria João NevesConferencista: José Barrientos Rastrojo – Universidade de Sevilha (Espanha)Título: «Um Contributo para a História do Aconselhamento Filosófico»
10h30 – 10h45 - Questões
10h45 – 11h00 – Pausa para Café
11h00 - 11h30 – Conferência 6Área Temática: Clubes e Gabinetes Escolares de FilosofiaModeradora: Joana SousaConferencista: Jorge Dias – Escola Secundária Dra. Laura AyresTítulo: «Relatório de Avaliação do Clube de Ética e Gabinete de Aconselhamento Filosófico»
11h30 - 12h15 – Conferência 7Área Temática: As Necessidades e os Problemas Filosóficos das PessoasModerador: Pedro VistasConferencista: José Alves Jana – Escola Superior de Tecnologia de AbrantesTítulo: «Do Saber Soberano à Busca e Produção de Sentido na Vida»
12h15 – 13h00 – Debate sobre o Movimento Associativo da Filosofia em PortugalConvidados: Representantes da APAEF e de outras Associações/Sociedades de Filosofia em Portugal
13h00 – 15h00 – Almoço
15h00 – 15h45 Conferência 8 Área Temática: Filosofia Aplicada às InstituiçõesModeradora: Celeste Machado Conferencista: Lara Sayão Ferraz – Universidade Católica de Petrópolis (Brasil) Título: «A Necessidade de Exercer o que é próprio do Homem»
15h45 – 16h30 - Conferência 9 Área Temática: A Formação do Conselheiro/Orientador FilosóficoModerador: Jorge DiasConferencista: Tiago Pita – Depº de Formação da APAEF e Escola Sec. D. Manuel I Título: «A Importância do Questionamento para a Formação do Conselheiro Filosófico»
16h30 – 16h45 - Questões
16h45 – 17h00 - Pausa para café
17h00 A 18h30 Conferência 10 e 11 Moderador: José Barrientos Rastrojo Convidados Internacionais: (a confirmar em breve) 18h45 – 19h30 - Conferência 12 e Comunicação 13 Área Temática: As Necessidades e os Problemas Filosóficos das Pessoas Moderador: Filipe Menezes Conferencista: Joana Sousa – Centro de Estudos de Filosofia Aplicada (APAEF - Lisboa)Título: «Da(s) Necessidade(s) Filosóficas e do Olhar Filosófico sobre o Mundo, no(s) Mundo(s) de Hoje »
19h30 – 20h15 Área Temática: As Necessidades e os Problemas Filosóficos das Pessoas Comunicador: Marcos Cóias e Silva – Escola Secundária Rainha D. Leonor (Lisboa) Título: «Aceitar os Outros sem Esquecer os Nossos»
20h30 – Assembleia-Geral da APAEF (apenas para associados)

Dia 18 de Novembro (Domingo)

Workshops de Aconselhamento Filosófico 1 e 2
9h – 10.15h
Maria João Neves RVP - Metodologia de Prática Filosófica com Adultos.
10.15-11.45h Jorge Humberto Dias PROJECT© - Metodologia de Prática Filosófica com Adolescentes
11.45- 12.00h Pausa para café
12.00h – 13.30 – Avaliação dos Trabalhos Tiago Pita, José Barrientos, Maria João Neves, Jorge Dias, Celeste Machado e Joana Sousa


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Breve História do Núcleo

Para conhecermos a origem do Sexto Empírico, teremos que redireccionarmo-nos até ao ano de 1973, quando oficialmente foi instituído o Instituto Politécnico da Covilhã, ora, o IPC estava seriamente vocacionado para cursos técnicos na sua maioria de engenharias, onde se aliava a industria dos lanifícios com a formação académica, este foi o primeiro passo na Covilhã, um caminhar humilde, mas sempre interessado na evolução, como veremos mais à frente.
Em 1979 o IPC passa a denominar-se Instituto Universitário da Beira Interior, onde se inicia uma reconversão quase total da Covilhã. As antigas fábricas dos lanifícios são convertidas em Pólos de ensino, e entramos já no ano de 1986 onde o IUBI passa a UBI – Universidade da Beira Interior.
O projecto lançado em 1973 começa a ganhar mais forma, e o país olha para esta cidade outrora deprimida devido à crise dos lanifícios como uma nova oportunidade, onde as condições de ensino são de facto um bom exemplo para outras instituições. A UBI demonstra um espirito jovem , vanguardista e arrojado, como é o caso de possuir a Licenciatura de Filosofia.
Foi precisamente no ano lectivo de 2001/02 que esta ainda jovem universidade abre as portas à licenciatura de Filosofia. Foi a força encorajadora do Professor Catedrático António Fidalgo, que o curso manteve e mantem um corpo docente à altura das exigências dos tempos e dos alunos, pois bem, era o director do curso, o Professor José Manuel Santos.
Depois da Licenciatura fundada, os poucos alunos que inauguraram a licenciatura, sentiram que ainda existiam algumas lacunas no seio académico e pedagógico, entre estes alunos encontravam-se Daniel Lopes e o Morgado. Estes dois jovens alunos arrancaram num projecto que ainda hoje é o “tubo de ensaio” de todos aqueles que passam pelo núcleo. Depois das formalizações legais, o núcleo toma forma e é no dia 26 de Maio de 2003 que toma posse, é então Presidente: -Morgado e Vice – Presidente: - Daniel Lopes.
O nome do Núcleo, -Sexto Empírico, vem do facto deste Filósofo céptico apaixonar e servir de exemplo aos fundadores, na medida em que promove um alcance intelectual entre a verdade e a procura da mesma. São talvez estes os fundamentos que façam deste Filósofo uma real mas céptica analogia na demanda que o próprio projecto do núcleo pretende alcançar. A virtude do mesmo é a de alcançar o humanismo filosófico e o relacionamento dos recursos humanos na praxis, “porque nem só de palavra vive o homem”, mas da absolvição anti-metafisica que a natureza, as artes e as pessoas fazem da vida enquanto bios. Todos estes conceitos estavam regulados pelos princípios das necessidades, tanto da licenciatura do ponto de vista pedagógico e da UBI em relação às infraestruturas académicas e não só. Era urgente que “cepticismo” do núcleo fosse levado à frente para conseguir promover uma melhor interacção entre os alunos, corpo Docente, Departamento, Reitoria e a própria Cidade da Covilhã.
O primeiro logotipo do núcleo tinha como ideia o rosto de um professor da Licenciatura de Filosofia, como tributo aos seus ensinamentos sobre o cepticismo. Foi o Professor Rui Bertrand que expôs de forma apaixonante o cepticismo de Sexto empírico e isso foi muito significativo, também o contributo do mesmo professor na altura da fundação foi decisivo do ponto de vista emocional e de incentivo para o surgimento do mesmo. O segundo logotipo tem a ideia de inovação e vanguarda, de união e amizade. As cores azuis, são a denominação de cor de curso e de Departamento.
Foi no biénio de 2004 e 2005 que Daniel Lopes assumiu a Presidência, onde elevou o nome do Sexto Empírico a toda a comunidade académica e covilhanense, o Sexto Empírico já não era um núcleo qualquer e isso foi decisivo para o reconhecimento dos estudantes de filosofia como de toda a gente. Daniel transmitia o espirito do associativismo de forma genuína e pura. A aposta pedagógica e cultural valeu-lhe o titulo de Daniel – O Verdadeiro.
Nos dois anos seguintes, 2006 e 2007, Guilherme L. L. Castanheira, assumia a Presidência do Sexto Empírico. Para além de defender que existe uma Filosofia Social apta a dialogar com a diferença, foi precisamente neste diálogo que aliou a Licenciatura de Filosofia a outras Licenciaturas, onde se abraçava um conhecimento “orgânico” e experimental. Foi este o mote de diversas actividades. Via o papel do núcleo como diplomatas e não políticos. Acreditava na sinergia da “organização”.
No ano de 2008 a renovação total aconteceu. Joana Tarana toma posse e consagra-se assim, como a Primeira Mulher a ser Presidente da Direcção do Sexto Empírico. Já outra mulher tinha chegado a Presidente, mas da Assembleia, Mariana Ferreira, cuja determinação lhe era reconhecida. Apesar de tudo Joana Tarana lidera de forma muito honesta toda uma tradição. A vontade dela é delicada mas consensual para com todos os estudantes de Filosofia.
O projecto Sexto Empírico é apoiado por várias personalidades, por mecenas que também eles acreditam na vontade da diferença.
Desde sempre que o núcleo colabora com Corpo Docente, onde desde 2006, é Director do Curso de Filosofia o Professor José Rosa, que é um pilar, tanto da formação académica como espiritual. O Sexto Empírico é colaborado institucionalmente por Docentes, esta sinergia e união são fundamentais.







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Primeiro Logotipo
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Segundo Logotipo

















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Aproveitando este período de férias, é bom relembrar alguns dos que foram, os mais emblemáticos artigos escritos por nós, alunos de filosofia e futuros profissionais de uma embaixada tão motivadora, como é a Filosofia.
O núcleo de estudantes de filosofia orgulha-se do experimentalismo severo, das motivações inconstantes, mas mais concretamente do seu per.curso alcançado até agora. Sempre sem medo.
O Sexto – Empírico, foi um núcleo criado inicialmente por pessoas que sentiam a necessidade, de quê? Do concreto.
Pessoas que venderam o computador para comprar uma máquina de escrever, pessoas que mantinham e mantêm a tradição do “café”, da tertúlia e de um humanismo crescente. Criados em diversos pontos do país, juntaram-se na montanha para reflectir, para unir conhecimento ao som do trânsito e da loucura aliada ao pensamento. Adultos na vontade, crianças no crer. O Sexto – Empírico não só é uma personificação da consciência absurda do mundo, como uma alternativa eficaz às circunstâncias devoradoras da inutilidade do vício pouco poético que a sociedade apresenta.
Começámos assim. Denunciámos isto e também um antigo Presidenta da Républica, porquê? Porque as razões são óbvias.







Queríamos caminhar e caminhámos, entramos no museu e dissemos a todos: "E agora?", e agora vem a retórica, grande coisa. Continuamos a navegar ao encontro e de encontro ao -Ser Filósofo.







Descobrimos então que é na festa que tudo pode mudar, viva o convívio. Saimos do museu e fomos ver morrer o Mestre Giordano à Guarda. Divulgámos Pápas , Filósofos e fraudes filosóficas, mas foi no Oriente que o Sol nasceu, veio bolonha e com ela a (r)evolução, mas nós sempre firmes, sem medo, até Kant invocámos, descemos ao Pireu em busca do amor, mas achámos mais importante lançar uma opa à universidade, e foi aqui que surgiu a dúvida, enfim... mentes. Pedimos ao mundo frontalidade, e ela apareceu, com ela o dia internacional da filosofia, algum silêncio, um novo logotipo, e outro, e outro. Brincámos com o Instituto de Filosofia Prática, com o curso de filosofia e com os Professores, visitámos o nosso jovem filósofo, mas também conhecemos umas jovens moças. Com toda esta prática mundana falámos ao povo e aos deuses, foi divinal. Fizemos também um vídeo e lançámos um concurso, mais um! Tudo isto num só blog.







É este o espírito que nos tem acompanhado, sempre sem medo.

Reitores usam Bolonha para adiar prescrições no Superior

As universidades públicas suspenderam, por dois anos lectivos, a aplicação do regime de prescrições dos alunos que não perfizessem determinado número de créditos num dado espaço de tempo. A prescrição está prevista num decreto-lei de 2003 e teria a sua primeira aplicação no ano lectivo que está agora a terminar. Mas o Processo de Bolonha veio alterar a lógica dos cursos e os reitores estão ainda a afinar as suas regras de aplicação, inviabilizando a aplicação da lei.A informação foi confirmada ao JN por António Ferrari, vice-reitor da Universidade de Aveiro. "A Comissão Especializada de Educação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) ainda vai analisar a forma de aplicar o regime de prescrições. Poderá acontecer logo no início do ano lectivo de 2008-09, limite temporal da transição de Bolonha, ou só em Setembro de 2009. Outra questão a resolver é se, nesse momento, terá ou não efeitos retroactivos em termos de contagem de créditos".Gago em silêncioDesde meados de Junho, o JN tinha tentado obter a confirmação desta informação por parte de outros reitores e do próprio CRUP, mas todos se recusaram a comentar a questão em concreto. Há um mês, numa entrevista ao JN, o próprio ministro esquivava-se a uma resposta, dizendo apenas que não era altura para falar do assunto - embora concordasse com o decreto-lei em causa.Se aplicado com rigor, o diploma colocaria em risco de prescrição cerca de 1400 estudantes só da Universidade de Coimbra, no ano lectivo que agora terminou. Como medida de precaução, o Senado da Universidade de Coimbra tinha já aprovado uma deliberação, na qual era recomendada às faculdades a organização de uma época plena de exames para os estudantes em risco de prescrição em 2006/07, a realizar até ao final do mês de Setembro de 2007, bem como a organização de uma época idêntica no ano lectivo de 2007/08.Punição de um anoO decreto-lei 193, de 2003, assinado pelo primeiro-ministro Durão Barroso, determinava que as disposições do diploma entrassem em vigor no ano seguinte, isto é, 2004/05. O terceiro ano de inscrição, 2006/07, era o período em que os primeiros problemas poderiam surgir.Para os alunos que, por exemplo, não tivessem completado pelo menos 60 unidades de crédito (ECTS), a punição era não poderem inscrever-se durante dois semestres, reingressando mais tarde sem sujeição a qualquer limite de vagas no curso. Para a instituição, o problema era que os alunos prescritos não eram financiados pelo Estado naquele período de paragem. Cada instituição teve a liberdade de instituir o seu próprio regime de prescrições, mas aquele nunca poderia ser mais facilitador do que o decreto-lei 193.Já a Universidade do Porto (UP) diz-se tranquila, uma vez que nenhum dos seus alunos corria o risco de prescrição em 2006/07. "As universidades devem actuar no sentido de prevenir estes casos extremos de insucesso", afirma José Marques dos Santos, reitor da UP.