“São muitas, mas invariavelmente distorcidas, as visões que se costuma ter de uma biblioteca. Ora é lugar sagrado, onde se guardam objectos também sagrados, para desfrute de alguns eleitos. Ora, sob uma outra óptica é apenas uma instituição burocratizada, que serve para consulta e pesquisa, assim como para armazenar bolor e traças. Para muitos poucos, aqueles que a frequentam assiduamente, ela constitui o local de encontro com o prazer de ler, conhecer e informar-se.”Pedir silêncio na biblioteca será uma reivindicação dos quase 900 € que pago de propinas na UBI ou simplesmente uma exigência pelo local que frequento?
A nossa tão querida biblioteca central está inundada por um vírus que contagia todo o Ser que resolve nela entrar. Desde os funcionários até aos meros utilizadores de um computador todos eles estão contagiados por esse vírus.
Esse vírus, o banzé sonoro que de manhã à noite é quase sempre constante, sufoca qualquer Ser que pretenda realmente tirar partido daquelas belíssimas instalações (que de práticas pouco têm…)
Poder-se-iam propor uma data de medidas que ajudariam a solucionar este problema, a saber: que as empregadas da limpeza parem de falar da comida do dia anterior (ou sabe-se lá mais o quê…) ou que falem mais baixo; que as meninas se descalcem na entrada do edifício (já repararam no magnifica melodia que 3 pessoas fazem a descer as escadas para o piso -1?), que os cibernéticos (ou vicio-néticos) se comportem devidamente no local onde estão, relembrar que namorar é na rua (e não em cima de uma mesa de biblioteca), trabalhos em grupo é em salas que estão construídas para o efeito (…). E acima de tudo: POR FAVOR: SE QUEREM CONVERSAR RESPEITEM E VÃO ATÉ AO BAR!!!
Já que mudar tão belas instalações é pouco sensato (que tanto dinheiro custou a todos nós… nem me lembrem os baldes de agua nos corredores, prateleiras, e afins!) proponho que se tentem reformar as mentalidades dos utilizadores (e funcionários) de tal instituição para que, todos juntos, tenhamos um maior rendimento do espaço que utilizamos e de modo a todos ficarmos satisfeitos.
Mandem um grito para pedir silêncio…É grito menos grito e no meio de tantos gritos é o único grito com razão de existir!!!...E assim fazemo-nos ouvir!
Cumprimentos desde utilizador da Biblioteca Central,
Márcio Meruje
P.S.- A “gota de agua” para este curto texto foi o facto de passar uma tarde na biblioteca, que por sinal está a ser pintada, e onde os trabalhadores com muita devoção pintavam as paredes com bonitas melodias de “assobio” e os olhares ficavam estatelados na primeira “gaja boa” que passava! … Fantástico não é?
Uma nota ao arquitecto da B.C.: Lembre-se dos pormenores das escadas nos futuros. Está visto que o edifício é muito «art-deco» mas é convidativo ao barulho. A começar pelas escadas…





















O Sexto Empírico recomenda - 



"...Nas universidades onde se faz verdadeira investigação poderia pensar-se que haveria uma desculpa para desprezar a qualidade do ensino, que é encarado apenas como uma actividade sem prestígio que consome precioso tempo, dolorosamente roubado à prestigiante investigação. Mas nem nestas universidades é defensável tal desprezo — e portanto ainda menos nas outras. O desprezo pelo ensino não é defensável porque sem ensino de qualidade acabará por não haver investigação de qualidade. A relação entre a qualidade do ensino e a da investigação é directa. Sem um ensino de qualidade, os estudantes chegam mal formados ou, o que é muito pior, deformados, à pós-graduação e ao doutoramento. Esta é a ideia óbvia que é preciso defender, explicar e reafirmar..."

















A 2: estreia dia 30 a série ‘Roma’, primeira co-produção entre a norte-americana HBO e a britânica BBC, e que já é considerada a revelação de 2005. Trata-se de um drama épico que retrata a morte da república e o nascimento do Império Romano com uma visão moderna e quase gongórica, onde os elementos mais crus da História são recuperados com imagens excessivas e ousadas. A escravatura, a solidão, a lascívia e a traição são apenas temas secundários que ilustram uma grande produção, considerada “um festim para os olhos” pelos críticos da revista norte-americana ‘TV Guide’.Só para ter uma ideia, o guarda-roupa, idealizado pelo designer April Ferry, obrigou à criação de quatro mil peças, das quais 2500 foram usadas nos dois primeiros episódios. Nenhum pormenor foi deixado ao acaso, e a produção mandou fazer na Bulgária 1250 pares de sapatos e sandálias, assim como moedas romanas, com o cunho de Júlio César. No dia mais longo de filmagens, ‘Roma’ contou com 750 figurantes e 40 cavalos em cena. A série, em doze episódios, recebeu duas nomeações para os Globos de Ouro – uma na categoria de melhor série dramática de televisão e outra na de melhor actriz em série dramática, para Polly Walker.No entanto, apesar dos cuidados estéticos, a violência com que a história é contada chocou alguns espectadores. A estreia, no Reino Unido, foi seguida de seis mil chamadas para a BBC, com vários espectadores a reclamarem contra o que consideram ser “excessos gratuitos.” Isto porque uma das primeiras imagens de ‘Roma’ mostra um escravo a abanar um casal, enquanto este pratica sexo. Nos dez primeiros minutos a série exibe cenas de nu frontal, sexo explícito, violações e uma crucificação, o que terá indignado sobremaneira a comunidade católica. Em resposta às críticas, a produtora HBO refere que a série foi acompanhada de perto por historiadores, que reiteram todas estas cenas, reafirmando a fidelidade ao estilo de vida chocante do Império Romano.